Os
jogos constituem um espaço privilegiado para a aprendizagem e, quando
bem utilizados, ampliam possibilidades de compreensão através de
experiências significativas que se propõem.
Além
disso, possibilitam a busca de meios pela exploração, ainda que
desordenada, actuando como aliados fundamentais na construção do saber.
Os
jogos, portanto, são actividades que devem ser valorizadas desde o
nascimento, pois é através delas que a criança aprende a movimentar-se,
falar e desenvolver estratégias para solucionar os problemas que terão
pela frente (Silva, 2008).
Abaixo
serão apresentadas alguns jogos/actividades, que podem ser trabalhadas
tanto em salas de aulas, ou até mesmo em casa, com a supervisão dos
pais, professores ou especialistas:
Matrix
O
jogo é composto de um tabuleiro quadriculado de 6 x 6 e trinta e seis
peças, sendo: um curinga; uma com a indicação "+15"; uma com "-6"; três
com "0 (zero); quatro com "+5"; e as 26 restantes com indicações de "-1,
+1,-2, +2, -3,+3,-4,+4,-5,+8,-10,+10", sendo duas de cada.
O jogo é desenvolvido com a participação de dois jogadores que têm como objectivo conseguir o maior número de pontos.
Os participantes, juntos, posicionam, no tabuleiro, as 35 fichas com os números e o curinga, todos voltados para cima.
O
primeiro a jogar escolhe se vai retirar a ficha na horizontal ou na
vertical e, na primeira jogada, retira o curinga e um número que seja na
mesma linha (ou coluna, conforme a opção inicial). A seguir, cada
jogador, na sua vez, retira uma ficha da coluna ou na linha (de acordo
com a opção inicial) da qual foi retirada a última ficha.
A
partida termina quando não restarem fichas na coluna ou na linha e o
vencedor será aquele jogador que, ao adicionar os pontos das fichas
retiradas, conseguir maior soma.
Os participantes tendem a
escolher, de início, as peças com valor maior, deixando as de menor
valor para fim. com o tempo perceberam que existem estratégias para se
obter maior número de pontos, inclusive criando "armadilhas" para o
adversário.
Tangram
O
jogo é composto de sete peças (cinco triângulos, um quadrodo e um
paralelogramo), de cartelas com diferentes figuras e é desenvolvido por
um participante, que tem por objectivo formar um quadrado com as sete
peças.
Para início do jogo, deve-se procurar uma superfície
plana. Encontrado o local adequado, o participante deve ter em mente que
todas a sete peças devem, obrigatoriamente, ser utilizadas na formação
de uma figura, sem a sobreposição de peças.
O Tagram permite
milhares de combinações. Exercitando a inteligência e imaginação, o
jogador pederá criar figuras inéditas, enriquecendo, assim, o acervo já
existente.
O jogo do Dominó
Colaca-se a disposição da criança um jogo de dominó.
Ela
deve ordenar as peças de acordo com a numeração de bolinhas contidas
nas extremidades, utilizando as regras do dominó. À medida que é
apresentada uma peça o aluno deve colocar a correspondente.
Esta
actividade visa desenvolver a percepção do sistema de numeração e
estimular a associabilidade, a noção de aequência e a contagem.
Jogo dos cubos e das garrafas
Inicialmente
procuramos deixar a criança à vontade e descontraída realizando algumas
perguntas para envolvê-las no jogo. Em seguida deixamos á disposição da
criança algumas folhas de papel, caneta e lápis coloridos para
realização de desenhos.
Entregamos algumas garafas de plásticos
de tamanhos bem diferentes e alguns cubos de madeira coloridos para que
ela enfileire os objectos sem observar regras. Depois pede-se que separe
as garafas maiores das menores, comparando os tamanhos e verbalizando
os conceitos de "grande" e "pequeno".
Esta actividade visa verificar
as noções de tamanho (grande/pequeno) e a capacidade de percepção
espacial e a atenção da criança.
Jogo das garrafas coloridas
Selecionamos
oito garrafas de plástico diferentes, a 1ª com 15cm de altura, as
outras com 12,5 cm, 10 cm, 7 cm, 5,25 cm, 4,0 cm e 3,5 cm com acabamento
de fitas colantes nas beiras.
A criança deve ordenar as garrafas em
tamanhos, agrupando,as de tamnhos quase iguais ou diferentes,
ordenando-as em fileiras, da menor para a maior e da maior para a menor.
Estas actividades tem como objectivo verificar as noções de tamanho (maior/menor) e estimular a coordenação motora e a contagem.
Botões matemáticos
Separamos
botões de várias cores e tamanhos, selecionados por cores e tamanhos.
15 botões brancos, outros tantos azuis e assim por diante.
A criança é orientada a separar botões por tamanhos, na quantidade solicitada, utilizando cordel e folha de papel.
Ela pode ser orientada a formar dúzias ou dezenas.
Esta
actividade permite identificar, com facilidade se a criança domina as
noções de "meia dúzia", "uma dúzia", "uma dezena" e levar o alunos à
descoberta de que duas "meias dúzias" formam uma "dúzia".
O objectivo é desenvolver a habilidade de compreensão de sistema de numeração, a coordenação motora e orientação espacial.
A batalha
Materia: cartas do baralho . Às a 10
Conteúdo: leitura de numeros, comparação
A
meta é ganhar mais cartas. Um dos jogadores distribui as cartas: uma
para cada participante e cada rodada. Aquele que virar a carta mais alta
pega todas as cartas para si. Todas as jogadas se repetem da mesma
forma até que todas as cartas já tenham sido distribuídas. Se abrirem
cartas iguais, os jogadores que empataram devem virar outra carta e
aquele que tirar a mior ganha. Pode ser jogado em duplas ou pequenos
grupos.
7 Cobras
Material: 2 dados, lápis e papel
Conteúdo: soma de dados, leitura e grafica de números
Escreve-se
a sequência númerica na folha de papel (2 a 12). Na sua vez de jogar, o
jogador soma os dados e marca com um X o número sorteado. Se a soma der
7, o jogador desenha uma cobra no seu papel. Quem marcar todos os
números primeiro, com o menor número de cobras é o vencedor. Quem obter 7
cobras sai do jogo.
Quantos patos tens?
Material: 2 ou 3 dados, folhas de papel e lápis
Conteúdo: soma de dados, sequência númerica, comparação de quantidade, representação numérica
Combina-se
antes de iniciar o número de rodadas. Cada um, na sua vez de jogar,
joga os dados e efectua a soma marcando a quantidade obtida na sua
folha. Ao final das rodadas, soma-se todas as quantidades obtidas e
ganha aquele que obteve maior numero de "patos".
Número oculto
Material: lápis e papel
Conteúdos: comparação de quantidades, sequência numérica, raciocínio lógico matemático.
Sorteia-se
um jogador para iniciar. Este pensará em um número dentro do limite
estabecendo pelo grupo (0 a 10 ou 10 a 20 ou 0 a 50) anotando no papel
sem deixar ninguém ver. Os outros participantes deverão, um de cada vez
dizer números a serem comparados com o número oculto pensado pelo
jogador. O aluno que pensou no número deve dizer se os números ditos
pelos amigos são maiores ou menores que o número pensado por ele, até
que alguém descubra o número oculto e ganhe o direito de pensar nele,
iniciando uma nova rodada.
Jogo do detetive
Material:blocos lógicos
Conteúdo: os trabalhados com os blocos, raciocínio lógico.
As crianças podem ser organizados em duas equipas. Cada equipa dispõe de um jogo de blocos.
Nível 1
- a equipa 1 escolhe uma peça e coloca atrás de um anteparo. A equipa 2
dispõe os blocos a sua frente, para ajudar a organizar o raciocínio.
Esta equipa deve discutir a estratégia de pergunta. Por exemplo: é
vermelha? se a equipa 1 responder que não, a equipa 2 poderá retirar as
peças vermelhas e pergunta: é amarela? as perguntas continuam até que a
equipa 2 possa descobrir qual é a peça que está atrás do anteparo. Então
as equipas invertem as posições e a equipa 2 passa a esconder a peça.
Uma variante é marca o número de perguntas que cada equipa faz, ganhando
o jogo, quem fizer o o menor número de pergunta. Entretant, se chutar e
errar, perder o jogo.
Nível 2
- quando o jogo com a manipulação das peças se tornar fácil, podemos
surgir que as crianças apenas olhem para as peças, mas não as toquem.
Nível 3 -
este nível é bem mais difícil. poruqe exige um raciocínio
classificatório interiorizado, vamos surgir que as crianças descubram a
peça sem olhar para outro conjunto de blocos.
Nível 4 - esconderemos duas ou três peças simultaneamente, que deverão ser descobertas.
Referências Bibliográficas:
Silva, W.C. (2008). Discalculia: uma abordagem à luz da Educação Matemática.Relatório Final para concretização do Projecto de Iniciação Ciêntifica, PIBIC, Univerdidade de Guarulhos, Guarulhos.
Smole, K.S et all (2000). Brincadeiras Infantis nas Aulas de Matemática : matemática de 0 a 6. Porto Alegre: Armed.