Esta Verificação consiste de quatro conjuntos de Provas,
1º Conjunto: Provas de Conservação
2º Conjunto: Provas de Classificação
3º Conjunto: Provas de Seriação
4º Conjunto: Provas Operatórias para o Pensamento Formal
1º Conjunto de Testes: Provas de Conservação
1º TESTE:
CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS DISCRETOS DE ELEMENTOS
(Quantidades descontínuas)
I-MATERIAL: 20 fichas de emborrachado de mesma forma e tamanho, sendo 10 de cada cor.
II – DESENVOLVIMENTO:
1ª Situação - Pedir que a criança esco1ha uma cor de fichas. O
examinador a1inha sabre a mesa 8 de suas fichas (por exemplo, 8 azuis) e
pede que a criança faça uma coleção equivalente numericamente com suas
próprias fichas. "Coloque a mesma quantidade de suas fichas... o mesmo
número... um número igual... nem mais, nem mesno."
Registrar o que é feito pela criança. Se for preciso, o examinador
organiza uma correspondência termo a termo com as duas coleções de
fichas que já estão na mesma quantidade, para garantir a equivalência
inicial.
2ª Situação - O examinador espaça ou aproxima as fichas de sua coleção,
sempre mantendo a outra linha que fica mais curta ou comprida: "Tem a
mesma coisa, ... o mesmo número de minhas e suas , ou não? Onde tem
menos? Como você sabe?"
Contra- argumentação: o examinador provocará a criança afirmando o
contrário de sua resposta inicial. Para resposta conservativa, diz:
"Veja, esta linha está mais comprida, terá mais fichas?" Para a
não-conservativa: "Você se lembra, antes as duas fileiras tinham a mesma
quantidade. O que você acha agora?
Pergunta de quantidade: "Conte às fichas que sobraram com você", ao
mesmo tempo em que esconde as próprias na mão. Responda sem contar. Como
você sabe?"
3ª Situação: - Depois de reunir todas as fichas, o examinador coloca 8
fichas em círculo, procedendo dai em diante como nas situações
anteriores e fazendo o mesmo tipo de pergunta.
1.1. Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos
Materiais:
10 fichas vermelhas
10 fichas azuis
cada um com 2cm de diâmetro
Igualdade inicial:
Correspondência termo a termo:
Primeira modificação espacial:
Segunda modificação espacial:
Terceira modificação espacial:
III- PROCEDIMENTO AVALIATIVOS
1.-Condutas não-conservativas (até aproximadamente -5-6 anos) - Nível 1
Nas duas situações a criança pode fazer uma contagem, uma
correspondência termo a termo ou global ou qualquer disposição figural.
Essas respostas são não-conservativas. Poderá ou não resolver
corretamente a questão da quantidade.
2. Condutas intermediárias – Nível 2
As coleções (1ª e 2ª situações) são constituídas por correspondência
termo a termo de forma correta. As perguntas do examinador dão margem às
seguintes condutas:
a. Resposta conservativa para uma situação e não conservativa para outra.
b. Vacilações no julgamento durante cada situação: "Tem mais azuis... não, tem mais vermelhas ... não, é igual?”
Não justifica com argumentos claros e precisos as respostas de conservação. Resolve corretamente a questão da quantidade.
3. Condutas conservativas (desde aproximadamente 5anos) – Nível 3
Quando a criança apresenta condutas conservativas, ela deverá justificar com um ou vários argumentos:
a. De "identidade": Tem a mesma coisa, você não tirou nem botou nada.
..você só apertou... você só afastou."
b. De "reversibilidade": "Se você botou as vermelhas do jeito do azul
fica igual... se você encolher ou esticar de novo os azuis vai ficar
igual de novo."
c. De "compensação": Você fez mais comprido, mas as fichas estão mais longe umas das outras (ou estão mais perto)".
2º TESTE:
CONSERVAÇÃO DO COMPRIMENTO
I – MATERIAL: 2 correntinhas de comprimentos e cores diferentes.
II – DESENVOLVIMENTO: A criança é levada a constatar e a afirmar a
desigualdade das correntes A (40cm) e fazer o julgamento que A é maior
que B. O examinador brinca que seriam como duas estradas, assim: “Nessa
estrada (A) a gente tem que andar a mesma coisa que nesta (B) ou tem que
andar mais aqui (A) ou ali (B)? Este caminho (A) é do mesmo comprimento
do que este (B), mais comprido ou mesmo comprido que este (B)?”
A ___________________
B_________
1a)Transformação: O examinador deforma a corrente maior (A) até que as
extremidades coincidam com as do fio B. Se há duas formiguinhas, uma em
cada estrada, será que as duas vão andar a mesma coisa, o comprimento da
estrada será o mesmo?
A
B ________________
O examinador procederá como as provas anteriores quanto à contra- argumentação e ao retorno empírico.
2a)Transformação: O examinador faz curvas na corrente A de modo que
fique uma diferença entre uma das extremidades dos dois fios (B). Faz-
se como na 1ª transformação uma comparação dos comprimentos de A e B. O
examinador fará como na transformação anterior a contra–argumentação e o
“retorno empírico”, agindo conforme as respostas da criança.
A
B ____________________
1.2 Conservação de comprimento
Materiais:
1 corrente ou barbante de aproximadamente 10cm
1 corrente ou barbante de aproximadamente 15cm
Apresentação das correntes. Perguntas iniciais
Primeira situação
Segunda situação
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS :
1.Condutas não- conservativas (até aproximadamente 6-7 anos) – Nível 1
Em cada uma das transformações, o comprimento não é conservado. Na 1a,
os comprimentos são julgados iguais e na 2a o fio com curvas (B) é
julgado menor. O examinador procederá como nas provas anteriores em
relação à contra – argumentação e ao “retorno empírico”.
2.Condutas Intermediárias – Nível 2
O julgamento da criança é correto na 1ª transformação e incorreto na 2ª.
Posteriormente, a criança pode fazer o julgamento correto na 2ª, mas as
respostas são instáveis sendo modificadas com a contra- argumentação:
não faz justificativas adequadas de respostas conservativas. Proceder
quanto ao “retorno empírico”, como nas provas anteriores.
3.Condutas conservativas (aproximadamente a partir de 7 anos) – Nível 3
A criança já é capaz de dar um ou vários argumentos (Identidade,
reversibilidade e compensação), mantendo o seu julgamento apesar da
contra argumentação
3º TESTE:
CONSERVAÇÃO DE SUPERFÍCIE.
I – MATERIAL: 2 pranchas verdes retangulares de 20 x 25, 16 quadrados vermelhos de 4 x 4 cm, e 2 vaquinhas.
II – DESENVOLVIMENTO:
1a)Transformação:
2a)Transformação:
1.3. Conservação de superfície
Materiais:
2 folhas de cartolina verde ou papel E.V.A. (20x25)
12 quadrados de cartolina ou E.V.A. na cor vermelha com cerca de 4cm de lado
1 vaquinha
Igualdade inicial:
Perguntas iniciais
Perguntas iniciais
Retorno empírico
Segunda modificação espacial
Primeira modificação espacial:
Outra modificação espacial sugerida
Terceira modificação espacial
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS :
1.Condutas não- conservativas (até aproximadamente 6-7 anos) – Nível 1
2.Condutas Intermediárias – Nível 2
4º TESTE:
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MATÉRIA (Quantidades contínuas)
I – MATERIAL: 2 bolas de massa plástica de cores diferentes (diâmetro aproximado de 4cm.)
II – DESENVOLVIMENTO : O examinador pede que a criança faça duas bolas
que tenham a mesma quantidade de massa. “Se fossem bolinhos e a gente
pudesse comê-los seria preciso que houvesse a mesma quantidade para
comer. O que você deve fazer para ficarem iguais? Para uma não ter nem
mais nem menos massa que a outra?”
1ª Transformação: Transforma-se uma das bolas (a do examinador) em uma
salsicha. “Será que agora tem a mesma quantidade de massa na bola e na
salsicha ou tem mais na bola ou mais na salsicha. Como você sabe? Você
pode me explicar? Você pode me mostrar isso?”
Contra – argumentação: O examinador provocará uma reação da criança
afirmando sempre o contrário de sua resposta inicial. Para reposta
conservativa diz: “Veja a salsicha é mais comprida que a bola, terá mais
massa?” Para a não–conservativa: “Você se lembra, antes as 2 bolas
tinham a mesma quantidade. O que você acha agora?”
Retorno empírico: Antes do examinador refazer a bola inicial, pergunta à
criança: “Se dessa salsicha eu refaço a bola (o bolinho), será que vai
ter a mesma quantidade (a mesma coisa para comer) ou não?” Se a criança
não resolver esse problema de “retorno empírico”, faz-se essa volta e,
se for necessário, iguala-se novamente as bolas até que ela as julgue
com quantidades iguais.
2ª Transformação: Transforma–se a mesma bola (do examinador) em uma bola
achatada (mini-pizza, panqueca) e procede-se como na 1ª transformação
quanto à contra-argumentação, terminando sempre pela questão do retorno
empírico.
3ª Transformação: Fragmenta-se a bola inicial em 10 pedacinhos e procede-se como nas outras transformações.
1.4. Conservação da quantidade de matéria
Materiais:
2 massas de modelar de cores diferentes cada uma, cujo tamanho possa fazer 2 bolas de aproximadamente 4cm de diâmetro.
Obs.: É interessante que escolha cores correspondentes a substâncias comestíveis.
Igualdade inicial:
Modificação do elemento experimental (achatamento)
Modificação do elemento experimental (alargamento)
Modificação do elemento experimental (partição)
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS:
1. Condutas não -conservativas (até aproximadamente 5-6 anos) – Nível 1
Em cada transformação uma das duas quantidades é julgada maior: “Tem
mais na salsicha porque é mais comprida. Ou tem mais na bola porque é
mais alta”. Face às contra argumentações do examinador, a criança ou
mantém o seu julgamento ou a troca embora a quantidade seja maior. O
retorno empírico pose ser resolvido corretamente ou não.
2. Condutas Intermediárias- Nível 2
Os julgamentos das crianças oscilam entre conservação e não- conservação aparecendo de diferentes maneiras:
a) Por uma mesma transformação, a criança julga alternadamente as quantidades como iguais e diferentes.
b) Por diversas transformações os julgamentos se alternam ora de conservação ora de não-conservação.
c) A contra- argumentação do examinador provoca vacilação e alternância
de julgamentos. As justificativas de conservação são poucas e
incompletas. O problema do “retorno empírico é resolvido corretamente.
3.Condutas conservativas (aproximadamente a partir de 7 anos) – Nível 3
Em todas as transformações as quantidades são sempre julgadas iguais. A
criança já é capaz de dar um ou vários argumentos: “de identidade”: “É a
mesma coisa”; compensação”: “Aqui a panqueca é maior, mas é mais fina
que a bola, então, é a mesma coisa” . A criança mantém o julgamento de
conservação apesar do contra–argumentação do examinador.
5º TESTE:
CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE LÍQUIDO (TRANSVASAMENTO)
I – MATERIAL: 2 vidros iguais (controle A e A) de diâmetro de
aproximadamente 5cm e altura 8cm; um vidro mais alto (vidro E), 4
vidrinhos iguais correspondentes a aproximadamente ¼ do volume de a (P1,
P2, P3,P4) 1 garrafa com água colorida. A caixa contém a anilina em pó
para colorir a água, que pode ser guardada em qualquer garrafa
disponível.
II – DESENVOLVIMENTO:
1)O examinador faz a criança constatar que os dois recipientes (A, A’)
são iguais. Despeja água em A. Pede à criança que despeje água em A’ na
mesma quantidade que está em A: “A mesma coisa, nem mais, nem menos...” A
seguir: “Se você beber o que está em A e eu o que está em A’, será que
vamos beber a mesma coisa? Temos o mesmo para beber?”
2) 1º Transvasamento – Despeja-se a água de A no vidrinho E (mais alto)
“Será que agora vamos beber a mesma quantidade? Um tem mais do que o
outro? Um tem menos do que outro? Pedir uma explicação: Como é que você
sabe? Como descobriu? Pode me mostra?”
Contra- argumentação: O examinador provocará uma reação da criança
afirmando sempre o contrário da sua resposta: Se a resposta for correta,
chamar atenção para o nível de líquido nos dois vidros: “Aqui (E) está
mais alto... não fica mais para beber? Uma criança disse que tinha mais
no E porque ficou mais cheio, o que você acha?” Se a resposta for de
não–conservação, relembrar a igualdade inicial dos níveis: “Você lembra
que antes estavam iguais (A, A’)? E este é mais baixo (E).”
Retorno empírico: “Se eu puser o que está em E, de volta no A, será que
vai ter a mesma coisa para beber?” Se a criança não acertar fazer o
“retorno empírico”, igualando A e A’.
3) 2º Transvasamento – Despejar o líquido de A em quatro vidrinhos P1,
P2, P3, P4 e proceder como nos transvasamentos anteriores quanto à
contra- argumentação e ao retorno empírico.
1.5. Conservação de quantidade de líquidos
Materiais:
2 vasos iguais A1 e A2
1 vaso mais fino e alto B
1 vaso mais largo e baixo C
4 vasinhos iguais D1, D2, D3, D4
2 copos contendo líquidos de cores diferentes
Igualdade inicial
Primeira modificação
Segunda modificação
Terceira modificação
III – PROCEDIMENTOS AVALITIVOS
1.Condutas não- conservativas (até aproximadamente 5 ou 6 anos) – Nível 1
Em cada transvasamento a criança considera um dos vidros (A ou E) Como
tendo mais líquido: “Tem mais porque está mais cheio”. Face à
contra-argumentação, mantém a resposta ou troca para o outro vidro. O
problema do retorno empírico pode ser resolvido corretamente ou não.
2.Condutas intermediárias – Julgamentos oscilando entre conservação e não-conservação – Nível 2
No mesmo transvasamento a criança julga as mesmas quantidades ora como
iguais, ora diferentes: “Tem mais para beber nesse..., não, no outro...,
não, é a mesma coisa” - Os julgamentos se alternam de um transvasamento
para o outro, ora conservando em (E), e não conservando em (A); - A
alternância do julgamento é suscitada pela contra- argumentação. - O
problema do retorno empírico é resolvido corretamente.
3 Condutas conservativas ( a partir de aproximadamente 7 anos) – Nível 3
Para cada transvasamento, as quantidades de líquidos são consideradas
iguais. A criança é capaz de dar uma justificativa (identidade,
reversibilidade ou compensação): O julgamento de conservação é mantido
apesar das contra argumentações.
6º TESTE:
CONSERVAÇÃO DE VOLUME
(Esta prova, indica que a criança pode estar na transição do Período Operatório Concreto para o Formal)
I – MATERIAL:2 vidrinhos iguais com água até o mesmo nível (2/4) (os
mesmo usados como controle na prova nº8); 2 bolas de massa plástica (as
mesmas da prova nº4).
II – DESENVOLVIMENTO: O examinador leva o sujeito a constatar a
igualdade no nível da água nos 2 vidrinhos. Pede que o sujeito faça duas
bolas iguais, “que tenham a mesma quantidade...” “Como você pode fazer
para ficarem com a mesma quantidade?”
A seguir o examinador pergunta: “Se eu puser esta bola dentro do
vidrinho o que acontecerá com a água que está aí dentro? “ Por que você
acha isso?” Insistir até obter algum tipo de resposta sobre o nível de
água. Excepcionalmente se faz a comprovação empírica quando for
absolutamente necessário para compreensão (vidro de comparação).
Continuando: “E se pusermos esta outra bolinha no outro vidrinho será
que a água subirá o mesmo que neste (o 1º de comparação)? Subirá mais ou
subirá menos?”
1ª Transformação: O examinador transforma a segunda bola em salsicha,
(lingüiça) e esboça o gesto de introduzi-la no 2º vidrinho. “Se coloco
neste, a água subirá a mesma coisa, mais ou menos que neste 1º? (o da
bola)?”
Na contra- argumentação: O examinador provocará uma reação afirmando
sempre o contrário da resposta do sujeito. Falará como nas provas
anteriores.
No Retorno Empírico, o examinador procederá como nas provas anteriores.
2ª Transformação: O examinador transforma a bola numa mini-pizza ou
biscoito redondo e age do mesmo modo que na 1ª transformação até o
retorno empírico.
3ª Transformação: O examinador fragmenta o “biscoito” em 8 ou 10
pedacinhos e esboça o gesto de colocar todos no 2º vidrinho, procedendo e
falando como nas transformações anteriores até o retorno empírico.
1.6. Conservação de volume
Materiais:
2 vasos iguais
2 massas de modelar de cores diferentes
2 copos contendo líquidos de cores diferentes
Igualdade inicial:
Modificação do elemento experimental (achatamento)
Modificação do elemento experimental (alargamento)
Modificação do elemento experimental (partição)
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
Condutas não- conservativas (até aproximadamente 8-9 anos) – Nível 1
Para cada uma das transformações, o sujeito julga que a modificação da
forma faz subir a água mais ou menos que a água do vidrinho em que
ficaria a bola.
Condutas Intermediárias – Nível 2
Os julgamentos dos sujeitos oscilam entre conservação e não-
conservação: ora a água sobe igualmente, ora mais ou menos. As
justificativas são pouco explícitas.
Condutas conservativas (aproximadamente a partir de 11-12 anos) – Nível 3
Em todas as transformações o volume é julgado igual, ao afirmar o
sujeito que a água subirá para mesmo nível independente da forma que
passe a ter a 2a bola. Os juízos de conservação se mantêm apesar da
contra- argumentação.
7º TESTE:
CONSERVAÇÃO DE PESO
I –MATERIAL: 2 bolas de massa plástica de cores diferentes( as mesmas
utilizadas na prova de conservação de quantidade de massa).
OBS: Não há necessidade, para a realização da prova, que exista uma
balança concreta. Por isso nosso kit não a contém. Além disso, balanças
de dois pratos já não fazem parte do universo significativo das novas
gerações, na medida em que atualmente as balanças eletrônicas é que são
utilizadas no comércio em geral.
II – DESENVOLVIMENTO: O examinador verifica se a criança conhece as
relações de peso , usando as duas mãos , com objetos diversos (pedra,
apontador, bolas de massa, etc.) e vai sempre perguntado se um objeto
pesa mais do que o outro, o que acontece com a mão que o sustenta ,
etc... O examinador pede que a criança faça duas bolas que tenham o
mesmo peso.
1ª Transformação: O examinador transforma uma das bolas em salsicha e
finge que iria pesá-las, falando: “Você pensa que a salsicha pesa a
mesma coisa que a bola ou será que uma pesa mais que a outra? Como é que
você sabe?”
Contra- argumentação: O examinador provocará uma reação da criança,
afirmando sempre o contrário de sua resposta. Falará como nas provas
anteriores.
Retorno empírico: O examinador procederá como nas provas anteriores
2ª Transformação: Transforma–se a mesma bola em uma mini-pizza e
procede-se como na 1ª transformação quanto à contra–argumentação e ao
“retorno empírico”.
3ª Transformação: Fragmenta-se a mesma bola em 8 a 10 pedaços e
procede-se como nas outras transformações, realizando também a
contra–argumentação e o “retorno empírico”.
1.7. Conservação de peso
Materiais:
2 massas de modelar de cores diferentes cada uma, cujo tamanho possa fazer 2 bolas de aproximadamente 4cm de diâmetro.
1 balança com dois pratos cuja leitura seja pela posição dos braços.
Igualdade inicial:
Modificação
do elemento experimental
(alargamento)
Modificação do elemento experimental
(achatamento)
Modificação do elemento experimental (partição)
III – PROCEDIMENTOS AVALIVOS:
1. Condutas não- conservativas (até aproximadamente 6-7 anos) – Nível 1
Em cada uma das transformações um dos pesos é julgado mais pesado que o
outro. As condutas não conservativas das crianças são semelhante às das
provas anteriores nos julgamentos, nas contra-argumentações e no
“retorno empírico.”
2. Condutas Intermediárias – Nível 2
Os julgamentos das crianças vacilam entre conservação e não- conservação
aparecendo de diferentes maneiras, com condutas semelhantes às provas
anteriores de conservação.
3. Condutas Conservativas (aproximadamente a partir de 8 anos)
Em todas as transformações os pesos são julgados iguais. A criança é
capaz de dar um ou vários argumentos (identidade, reversibilidade e
compensação) mantendo o seu julgamento apesar das contra- argumentações.
2º Conjunto de Testes: Provas de Classificação
8º TESTE:
CLASSES – MUDANÇA DE CRITÉRIO (DICOTOMIA)
I-MATERIAL: fichas de figuras geométricas (material emborrachado):6
círculos de diâmetro de 25mm (pequenos) de uma cor e 6 de outra cor ; 6
círculos de diâmetro de 50mm (grandes) de uma cor e 6 de outra cor ; 6
quadrados de 25mm de lado (pequenos) de uma cor e 6 de outra cor; 6
quadrados de 50mm (grandes) de uma cor e 6 de outra cor . O material é
formado por duas cores distintas.
II – DESENVOLVIMENTO:
1. O examinador coloca as fichas em desordem sobre a mesa e pede que a
criança as descreva: “Você pode me dizer o que está vendo?”
2. Classificação espontânea: “Você pode pôr juntas todas as fichas que
combinam?” “Ponha juntas todas que são iguais...” “Ponha juntas as que
têm alguma coisa igual ...as que se parecem muito”. Após a criança
terminar: “Você pode me explicar por que colocou assim?”
3a. Dicotomia: “Agora gostaria que você fizesse apenas 2 grupos (ou 2
montinhos ou 2 família) e os colocasse separados sobre a mesa.” Após o
término: “Por que você colocou todas essas fichas juntas? É aquelas?
Como a gente poderia chamar esse monte aqui? E aquele outro?”
3b. 1ª mudança de critério: “Será que você poderia arrumar em 2 grupos
(montes) diferentes?” Se a criança repetir o 1o critério: “Você já
separou desse modo. Você pode descobrir um outro modo (critério) de
separar em 2 grupos ?” Se for preciso, o experimentador inicia, ele
mesmo, uma nova classificação e pede a criança para continuar.
Procede-se em seguida, como em 3a.
3b. 2ª mudança de critério: “será que você ainda pode separar de um modo
diferente fazendo 2 grupos novos?” Procede-se em seguida como em 3a e
3b.
2.1. Mudança de critério - Dicotomia
Materiais:
5 círculos vermelhos de 2,5cm de diâmetro.
5 círculos azuis de 2,5cm de diâmetro.
5 círculos vermelhos de 5cm de diâmetro.
5 círculos azuis de 5cm de diâmetro.
5 quadrados vermelhos de 2,5cm de lado.
5 quadrados azuis de 2,5cm de lado.
5 quadrados vermelhos de 5cm de lado.
5 quadrados azuis de 5cm de lado.
2 caixas planas de mais ou menos 4 a 5cm de altura e uns 12cm de lado.
Material
Classificação por cores sem caixa
Classificação por cores usando a caixa
Classificação por formas usando a caixa
Classificação por tamanho usando a caixa
III- PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
1.Coleções Figurais (desde 4-5 anos ) Nível 1
As crianças arrumam as fichas estruturando figuras de trens, casas,
bonecos, etc. Podem também arrumar as fichas que tenham alguma
semelhança, mudando sempre de critério e não utilizando todas.
1. Início de classificação (aproximadamente 5-6 anos) Nível 2
As crianças conseguem fazer pequenos grupos não figurais, segundo
diferentes critérios, mas são coleções justapostas, sem ligação entre
si: “É o monte das bolas vermelhas grandes, das bolas pequenas
vermelhas, dos quadrinhos vermelhos” , etc. Num desenvolvimento maior,
as crianças podem conseguir um começo de reagrupamento dos subgrupos em
classes gerais, sem conseguirem uma antecipação de critérios.
2. Dicotomia segundo os 3 critérios – Nível 3
As crianças iniciam a tarefa já antecipando as possibilidades; conseguem
fazer e recapitular corretamente duas dicotomias sucessivas, segundo 2
critérios, o 3º critério só sendo descoberto com incitação do
examinador. Num desenvolvimento maior, os 3 critérios são antecipados e
utilizados espontaneamente.
9º TESTE:
INCLUSÃO DE CLASSE
QUANTIFICAÇÃO DA INCLUSÃO DE CLASSE
I – MATERIAL: 1 ramo de flores de duas espécies, sendo que uma delas
existe em maior quantidade do que a outra. Ex. 10 rosas e 3 ou 4
margaridas
II – DESENVOLVIMENTO:
1. O examinador verifica se a criança conhece o nome das flores e se conhece o termo genérico “flores”:
“Você conhece o nome de outras flores? Quais?”
2. Perguntas :
-Pergunta 1: “Nesse ramo, há mais rosas ou mais flores?” Após a resposta: “Como você sabe? Você pode
me Mostrar?”
-Pergunta 2: “Conheço duas meninas que querem fazer raminhos. Uma faz um ramo com as rosas. Depois
ela desmancha e me devolve as rosas. A outra, faz seu ramo com as flores. Qual foi o ramo maior?”
-Pergunta 3a. “Se eu dou para você as rosas, o que fica no ramo?”
-Pergunta 3b.“Se eu dou para você as flores, o que sobra no ramo?”
-Pergunta 4. “Eu vou fazer um ramo com todas as rosas e você vai fazer um ramo com todas as flores.
Quem vai fazer o ramo maior? Como é que você sabe?”
2.2. Quantificação de Inclusão de classes
Materiais:
Com flores:
- 10 margaridas
- 3 rosas vermelhas
Com animais
- 10 coelhos ou outra espécie
- 3 camelos ou outra espécie
Pode-se fazer também com:
- 10 carros
- 3 ônibus
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS:
1.Ausência de Quantificação inclusiva (até aproximadamente 5-6 anos) – Nível 1
A criança faz sistematicamente a comparação das duas subclasses e
reponde então que há mais margaridas do que flores. Costuma errar sobre a
subtração de subclasse (perguntas 3a e 3b.)
2.Condutas Intermediárias – Nível 2
Observa-se hesitação na resposta à pergunta 1. Às vezes responder: “É a
mesma coisa”. Nesse nível as perguntas 3a. e 3b. são respondidas
corretamente.
3.Existência da Quantificação inclusiva (aproximadamente a partir 7-8 anos) – Nível 3
A criança responde corretamente a todas às perguntas.
10º TESTE:
INTERSECÇÃO
INTERSECÇÃO DE CLASSES
I – MATERIAL: 3 espécies de fichas do mesmo material e tamanho sendo: 5 redondas de uma cor, 5 redondas
de outra e 5 quadradas da mesma cor das segundas, 1 placa emborrachada com 2 círculos desenhados, que se
entrecruzam delimitando 3 partes das quais uma é comum aos 2 círculos(Diagrama de Venn)
II – DESENVOLVIMENTO:
1. O examinador dispõe as fichas nos círculos em intersecção, sendo que as redondas que têm a mesma cor dos
quadrados devem ficar na área de intersecção (exemplo abaixo). Pede que a criança observe a disposição,
descreva as fichas e pergunta: “Por que você acha que eu pus estas redondas no meio?”
2. Perguntas feitas pelo examinador:
a. Há mais fichas desta cor ou daquela?
b. Há mais fichas quadradas ou redondas?
c. Há a mesma coisa, mais ou menos fichas redondas do que fichas desta cor? (pergunta de intersecção)
d. Há a mesma coisa, mais ou menos fichas quadradas do que fichas desta cor? (pergunta de intersecção)
Após cada resposta da criança, o examinador diz: “Como é que você sabe?” “Você pode me mostrar?”.
Caso a criança não responda às perguntas principais, são feitas
perguntas suplementares: “O que é que tem no círculo da esquerda?”
“Mostre. E no da direita? ”
2.3. Intersecção de classes
Materiais:
5 círculos azuis de 2,5cm de diâmetro
5 círculos vermelhos também de 2,5cm de diâmetro
5 quadrados vermelhos de 2,5cm de lado
1 folha de cartolina ou papel E.V.A. com dois círculos em intersecção, sendo que um preto e outro amarelo.
Obs.: os 5 círculos devem poder entrar na intersecção
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
1. As perguntas feitas sobre classes separadas são respondidas com acerto.
As de inclusão e intercessão não são compreendidas nessa faixa de idade.
As perguntas suplementares também revelam erros. Nível 1. (até 5 anos)
2. A partir de 6 anos a criança faz acertos nas perguntas suplementares,
mas hesita nas respostas de inclusão e intercessão, faz repetições e
pode dar algumas respostas corretas. Nível 2.
3. Crianças a partir de 7-8 anos dão respostas corretas desde a primeira vez. Nível 3.
3º Conjunto de Testes: Provas de Seriação
11º TESTE:
SERIAÇÃO
SERIAÇÃO DE BASTONETES
I – MATERIAL : Uma série de 10 bastonetes graduados de 16 a 10 cm. com a
diferença de um para outro de 0,6 cm; Um anteparo. (utilizar a placa
emborrachada da prova de intersecção, com o verso voltado para o
examinando)
II – DESENVOLVIMENTO:
1. O examinador dá à criança os 10 bastonetes em desordem para que tome conhecimento do material.
2.a. Seriação a descoberto : “Você vai fazer uma escadinha com todos
esses pauzinhos, colocando-os em ordem do menor para o maior”. Se a
criança não conseguir, o examinador pode, eventualmente, fazer a
demonstração de uma série inicial com 3 pauzinhos. É importante
registrar a ordem em que a criança escolhe cada pauzinho e como faz cada
escolha e a configuração final. Anotar o processo de realização.
2.b. Verificação da exclusão : Se o sujeito acertar a seriação a
descoberto, o examinador pode pedir que feche os olhos e, ao abri-los,
descubra o local, a posição, em que estava o bastonete retirado pelo
examinador da “escadinha” feita pelo sujeito.
2.c. Seriação oculta atrás do anteparo: Se o sujeito acertou a seriação
pode-se fazer também de outra forma: “Agora sou eu que vou fazer a
escadinha atrás dessa placa (anteparo) ; você vai me dando os pauzinhos
um a um, e eu vou colocando aqui, na ordem fazendo a escada. Registra-se
a maneira de escolher e a ordem que ele deu ao examinador.
3. SERIAÇÃO
3.1. Seriação de palitos
Materiais:
10 palitos com aproximadamente 1cm de largura com uma diferença de
0,6mm de altura entre um e outro, sendo que o primeiro tem
aproximadamente 11,5cm.
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS :
a. Ausência de Seriação - (aproximadamente 3-5 anos) Nível 1
O sujeito fracassa nas suas tentativas de ordenar.
- Ausência de séries (3-4 anos) a criança não entende a proposta e coloca os bastões em qualquer ordem, justapondo – os;
- Esboço de séries (4-5 anos) a criança faz tentativas diversas; pares
(grandes e pequenos), série de 3 ou 4 bastões , mas não coordena as
diferentes série entre si, ou não consegue intercalar os outros;
- Faz uma escada sem considerar o tamanho dos bastões, mas só arrumação da parte superior imitando uma escadinha .
b. Conduta Intermediária (aproximadamente 5-6 anos) – Nível 2
Em que o sujeito vai por ensaio e erro compondo a série; compara cada
bastão com todos os demais até achar o que serve. É uma seriação
intuitiva por regulações sucessivas.
c. Êxito Obtido por Método Operatório (aproximadamente 6-7- anos). – Nível 3
O sujeito com facilidade antecipa a escada fazendo metodicamente a sua
construção, colocando primeiro os bastões menores e a seguir, em
graduação, até o final. Neste nível faz a descoberta, atrás do anteparo,
exclui bastões e constrói espontaneamente a linha de base.
4º Conjunto de Testes: Provas Operatórias para o Pensamento Formal
12º TESTE:
COMBINAÇÃO
PROVA DE COMBINAÇÃO DE FICHAS DUPLAS PARA PENSAMENTO FORMAL
I – MATERIAL: 06 fichinhas de emborrachado de cores diferentes
II – DESENVOLVIMENTO: O examinador pede que o sujeito faça com as 6
fichas o maior número possível de duplas. “Tente fazer com as fichinhas
todas as duplas que puder, não pode repetir”. É preciso que se veja se o
sujeito compreendeu bem a atividade que irá fazer.
É válido fazer a demonstração inicial com um par. O examinador deve
observar e registrar o método de trabalho e que critérios usou para
chegar ao resultado, assim como todas as verbalizações: “Se eu botar
aqui, então ficam...” Pode- se permitir que registrem em papel as
tentativas.
4.1. Combinação de fichas
Materiais:
6 fichas de diferentes cores com 2,5cm de diâmetro cada uma.
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
a .Ausência de Capacidade Combinatória – Nível 1
Incapacidade de descobrir a possibilidade das diversas combinações. Não
estabelece critérios, faz tentativas aleatórias sem conseguir obter um
mínimo de duplas.
b. Condutas Intermediárias – Nível 2
Faz combinações incompletas, consegue fazer muitas duplas sem ordem
estabelecida, não consegue prever o número total de combinações.
c. Condutas operatórias revelando capacidade combinatória – Nível 3
O sujeito antecipa a possibilidade combinatória através de um sistema completo e metódico
chegando às 6 duplas. Além disso, deixa evidente um critério para
estabelecer o total de combinações, ou seja, com 6 fichas de 2 cores = 3
fichas de cada cor , com as quais é possível fazer as seguintes duplas:
2b+1p ;1p+2b; 2p+1b; 1b+2p; 1p+1b+1p; 1b+1p+1b 8
13º TESTE:
PERMUTAÇÃO
PERNUTAÇÕES POSSÍVEIS COM UM CONJUNTO DETERMINADO DE FICHAS PARA O PENSAMENTO FORMAL
I – MATERIAL: 06 fichinhas de emborrachado de cores diferentes (as mesma utilizadas na prova anterior)
II – DESENVOLVIMENTO: O examinador pede que o sujeito faça o maior
número possível de permutações com as fichas. “Gostaria que você fizesse
o maior numero possível de combinações usando sempre quatro fichas”.
“Deve usar todas, acomodando-as em ordem diferentes”. É preciso que se
veja se o sujeito compreendeu bem a atividade que irá fazer.
É válido fazer a demonstração inicial. O examinador deve observar e
registrar o método de trabalho e que critério usou para chegar ao
resultado, assim como todas as verbalizações: “Se eu botar aqui, então
ficam...” Pode- se permitir que registrem em papel as tentativas.
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
a .Ausência de Capacidade de Permuta – Nível 1
O sujeito não percebe as possibilidades de permuta. Não estabelece
critérios, faz tentativas grosseiras sem conseguir obter um mínimo de
combinações.
b. Condutas Intermediárias – Nível 2
O sujeito realiza permutas incompletas,faz aproximações, sem possibilidade de generalizações.
c. Condutas operatórias de todas as permutações possíveis – Nível 3
O sujeito faz permutações,antecipando as possibilidades de um processo
sistemático, ordenado. Realiza de forma ordenada as permutações.
14º TESTE:
PREDIÇÃO
PREDIÇÕES POSSÍVEIS COM UM CONJUNTO DETERMINADO DE FICHAS PARA O PENSAMENTO FORMAL
I – MATERIAL: 36 fichinhas de emborrachado de quatro cores diferentes Sendo 18, 10, 7 e 1 de cada cor e um saco de pano.
4.2. Predição
Materiais:
18 fichas verdes
10 fichas amarelas
7 fichas lilases
1 ficha branca
1 saco de pano
II – DESENVOLVIMENTO: O examinador pede que o sujeito
III – PROCEDIMENTOS AVALIATIVOS
a .Ausência de Capacidade de Avaliação – Nível 1
O sujeito não percebe as possibilidades
b. Condutas Intermediárias – Nível 2
O sujeito realiza tentativas sem possibilidade de generalizações.
c. Condutas avaliativas bem estruturadas de todas as condições possíveis – Nível 3
O sujeito faz avaliações, antecipando as possibilidades de um processo sistemático, ordenado.
Bibliografia:
VISCA, Jorge. El diagnostico operatorio em la practica psicopedagogica. Buenos Aires: Ag.Serv,G,. 1995.
Psicogênese da Alfabetização
A criança busca a aprendizagem na medida em que se constrói o raciocínio
lógico. O processo evolutivo de aprender a ler e escrever por níveis de
contextualização que revelam as hipóteses a que chegou a criança.
Emília Ferreiro e Ana Teberosky definiram, em seu livro Psicogênese da Língua Escrita, cinco níveis:
Nível 1: Hipótese Pré-Silábica
o A criança:
não estabelece vinculo entre a fala e a escrita;
supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever;
demonstra intenção de escrever através do traçado linear com formas diferentes;
supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos:
coisas grandes devem ter nomes grandes, coisas pequenas devem ter nomes
pequenos;
usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra;
pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todas elas;
faz registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variações nos caracteres;
caracteriza uma palavra com uma letra inicial;
tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever;
supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a
quatro grafias, geralmente três (hipótese da quantidade mínima de
caracteres);
supõe que para algo poder ser lido precisa ter grafias variadas (hipótese da variedade de caracteres).
Nível 2: Intermediário
o A criança:
começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita;
começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras;
só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve
oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da
estruturação do sistema da escrita;
conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.
Nível 3: Hipótese Silábica
o A criança:
já supõe que a escrita representa a fala;
tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras;
pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor convencional das letras;
já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba;
supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem as vezes que mexe a
boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal;
em frases, pode escrever uma letra para cada palavra.
Nível 4: Hipóteses Silábico-Alfabética ou Intermediário II
o A criança:
inicia a superação da hipótese silábica;
compreende que a escrita representa o som da fala;
combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para
palavras diferentes. Por exemplo, AO para GATO e SAPO ou ML para MOLA e
MULA;
pode combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa
de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por
exemplo, CAL para CAVALO;
passa a fazer uma leitura termo a termo (não-global).
Nível 5: Hipóteses Alfabética
o A criança:
compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação;
compreende o modo de construção do código da escrita;
compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba;
conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas;
pode ainda não separar todas as palavras nas frases;
omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica;
não tem problemas de escrita no que se refere a conceito;
não é ortográfica nem léxica.
FONTE:http://educacaoemacaorsl.blogspot.com.br/2010/09/provas-operatorias-de-piaget.html
FISCHER, Julianne. Sugestões para o desenvolvimento do trabalho
psicopedagógico. Blumenau: Centro da Aprendizagem Fischer, [s.a.].
O ESPAÇO PSICOPEDAGÓGICO DO NEUROAPRENDIZ promove o atendimento de crianças, adolescentes e adultos proporcionando AVALIAÇÕES E INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS, ATENDIMENTOS ESPECIALIZADOS, bem-estar e melhor qualidade de vida para todos. Através da competência e especialização profissional, e de um trabalho em equipe diferenciado, respeitando a individualidade, necessidades e complexidade de cada um.
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Gostei muito do seu blog, vai contribuir muito com os educadores. Senti falta de algumas imagens do material dos testes. Parabéns!
ResponderExcluirTambém gostei de seu blog, mais fiquei um tempão esperando as imagens, porém elas não apareceram. mesmo assim ele está ótimo. Parabéns.
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