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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Intervenção psicopedagógica - Jogo de Areia

Intervenção psicopedagógica - Jogo de Areia

O Sandplay-Jogo de areia - afirma sua criadora Dora Kalff -  “não é apenas um método de terapia, mas um meio criativo através do qual o conteúdo da imaginação se torna real e visível. Além disso, proporciona ao terapeuta uma oportunidade única de observar os processos de desenvolvimento e de cura.”

Sendo um “método não verbal”, sua aplicação consiste em solicitar ao cliente que construa cenários em uma caixa de areia, da forma que desejar, usando miniaturas.
A observação da disposição das miniaturas escolhidas pelo paciente revela seu estado mental, por se tratar de um reflexo de suas imagens interiores, que afloram livremente dentro de um “espaço livre e protegido”- a caixa de areia – como é proposto Kalff. Desta forma, o JOGO de AREIA funciona como uma ponte entre o mundo inconsciente e a realidade externa.
Após uma seqüência de cenários, em um momento adequado, faz-se, em conjunto com o cliente, a interpretação, a discussão e as ligações entre os cenários e os fatos reais da vida interior (psíquica) e exterior do cliente. Esta exibição dos cenários faz com que o cliente tenha um contato concreto com seu inconsciente, reforçando e possibilitando a mudança. Uma das funções do JOGO DE AREIA é ser um dos caminhos para a transformação.

Este método é indicado para todas as idades e sua característica principal é o acesso mais rápido ao inconsciente, em muitos casos possibilitando o abreviamento do processo de cura, por propiciar o aprofundamento da análise, pois através dos cenários o paciente projeta uma imagem do seu estado psiquico-emocional e entra em contato com o seu EU mais profundo. É igualmente indicada para pessoas profundamente introvertidas, intuitivas, racionais, extremamente tensas, agressivas, hiperativas, com dificuldades de comunicação, depressão ou com deficiência de comunicação (fala, audição).
A aplicação deste método  apresenta as seguintes vantagens: diminuição da ansiedade, a possibilidade de expressar os impulsos agressivos, o aumento da segurança e da estabilidade interna, proporcionadas pela estrutura estável, livre e extremamente acolhedora que esta prática oferece ao paciente, além da diminuição considerável dos sintomas em um curto espaço de tempo, em inúmeros casos.

Fonte: Texto de autoria de Renata Whitaker Horschutz e Edna Garcia Levy, fotos de Edna Garcia Levy.

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